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Espaço de arte da CASACOR RS reúne 15 artistas contemporâneos

Obras de Andréa Brächer, Lurdi Blauth, Maria do Horto Kuhn e Giuseppe Bessi são exibidas no Espaço de Arte da CASACOR RS até 13 de julho

Por Redação
4 jul 2025, 16h22

Pela primeira vez, a CASACOR Rio Grande do Sul integrou ao seu circuito de visitação um espaço inteiramente dedicado às artes visuais. Instalado no antigo terminal do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o Espaço de Arte CASACOR RS propõe uma experiência expositiva inédita ao transformar um cubo branco de 200 m² em plataforma para múltiplas linguagens da arte contemporânea — incluindo pintura, escultura, instalação, fotografia, gravura e processos híbridos.

Maria do Horto Kuhn, 2024. Série Subjetiva Liberdade. Acrílica sobre tela,140 x 224 cm.
Maria do Horto Kuhn, 2024. Série Subjetiva Liberdade. (Divulgação/CASACOR)

Com entrada gratuita, o espaço recebeu 15 artistas em quatro fases expositivas, tornando-se um território de contemplação, experimentação e respiro dentro da mostra. Agora, o Espaço de Arte entra em sua reta final, com visitação aberta até 13 de julho e um conjunto de exposições marcantes que tiveram curadorida de Luciano R. Mota, André Venzon, Cezar Prestes e Viviane Possa. 

Arte contemporânea gaúcha e escultura italiana marcam a fase final

A temporada se encerra com quatro artistas que traduzem, cada um à sua maneira, a força da arte como gesto de sensibilidade, memória e conexão. São eles: 

  • Andréa Brächer, com Talbot’s Gardens, série de fotografias produzidas com técnicas como cianotipia e sépia. Em suas imagens, folhas e flores parecem suspensas no tempo, cristalizadas entre o real e o imaginado.
  • Lurdi Blauth, com Sempre Gravando, em que utiliza a gravura como linguagem essencial para retratar a natureza em seu estado mais simbólico. São barcos, pássaros, raízes, ninhos e céus que surgem em composições feitas com precisão e poesia.
  • Maria do Horto Kuhn, com a série Entrelaços, cria pinturas abstratas que falam de liberdade, pertencimento e convivência. Suas fitas e fios não prendem: atravessam a tela em busca de um caminho de escuta e afeto.
  • Giuseppe Bessi (1857–1922), com a mostra internacional Alma Translúcida, apresentando esculturas esculpidas em mármore e alabastro. A curadoria é de Davi dos Anjos e Andrea Nikos Cristallo, com acervo cedido por Daniela Cornelio, em uma ponte entre a tradição europeia e o público brasileiro.
Andréa Brächer. Sem título, 2022, série Ygapó. Fotografia impressa em papel de algodão 66 x 100 cm.
Andréa Brächer. Sem título, 2022, série Ygapó. (Divulgação/CASACOR)

Quatro fases de descoberta, expressão e reinvenção

Na primeira fase do Espaço de Arte CASACOR RS, o público foi convidado a entrar em contato com paisagens sensoriais e experiências intuitivas da matéria. As esculturas metálicas de Magna Sperb, as imagens aquáticas de Vera Reichert, a pintura gestual de Luciana Gaudenzi e as colagens etéreas de Milena Julianno abriram o percurso com uma abordagem sensível sobre corpo, natureza e memória.

Exposição Alma Translúcida – Giuseppe Bessi
Exposição Alma Translúcida – Giuseppe Bessi (Andréa Graiz/CASACOR)

A segunda fase trouxe uma nova camada de investigação visual. Fernando Muswieck apresentou Fragmentado, série de obras que reconstruíram a identidade a partir de vestígios e camadas simbólicas. Luísa Prestes explorou paisagens abstratas em pintura livre e vibrante. André Venzon tensionou os limites da arte e do urbano com instalações feitas de tapeçarias, fotografias e porcelanas — um olhar crítico e afetuoso sobre a cidade. Nessa mesma etapa, o público teve acesso às primeiras esculturas de Giuseppe Bessi, inaugurando a mostra internacional que segue em cartaz até o encerramento.

Lurdi Blauth Travessias
Lurdi Blauth Travessias. (Divulgação/CASACOR)

A terceira fase aprofundou os diálogos com o corpo, o tempo e a natureza. Irley Jesus, artista baiano autodidata, emocionou o público com Minhas Asas, série hiper-realista construída com técnica apurada e narrativa de superação. O próprio curador, Luciano R. Mota, apresentou O Tempo que Escorre, em que crânios ganham camadas de tinta escorrida como metáforas visuais da impermanência. Mônica Bergmann, com Céu de Lagoa, transformou pigmentos naturais e impressões botânicas em arquivos sensíveis da paisagem sulista. E Wagner Costa, com Corpos Possíveis, investigou afetos e relações em uma cartografia feita de gestos, ferrugem, pó e silêncio.

Arte como experiência viva na CASACOR RS

Mais do que integrar a programação da CASACOR Rio Grande do Sul, o Espaço de Arte se revelou uma plataforma de visibilidade e expansão para artistas contemporâneos. A proposta de curadoria rotativa, a entrada franca e a diversidade de abordagens fizeram do projeto um campo fértil para a circulação de ideias, formação de público e ativação do olhar sensível.

Maria do Horto Kuhn, 2024. Série Subjetiva Liberdade.
Maria do Horto Kuhn, 2024. Série Subjetiva Liberdade. (Divulgação/CASACOR)

“Esta primeira edição deixa como legado a abertura de um novo espaço dentro da mostra — um território onde a arte contemporânea ganha voz, presença e conexão com diferentes públicos. É um gesto curatorial que amplia a experiência da CASACOR e reafirma seu compromisso com a cultura em todas as suas formas”, afirma Luciano R. Mota, curador do projeto.

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SERVIÇO CASACOR RS 2025

  • Onde: Antigo Terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho (Av. dos Estados, 747)
  • Quando: De 14 de maio a 13 de julho de 2025
  • Horários: De terça a sexta, das 14h às 20h (permanência até 21h); Sábados, domingos e feriados, das 12h às 20h (permanência até 21h)
  • Bilheteria digital: https://appcasacor.com.br/events/rio-grande-do-sul-2025
  • Valores dos ingressos: Inteira – R$ 96 / Meia – R$ 48
  • Entrada gratuita para o Espaço de Arte
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